Pesquisa vai identificar a situação da população de rua das cidades gaúchas

Qual é a radiografia da população que vive nas ruas das cidades do Rio Grande do Sul? Este cenário será respondido na pesquisa que está sendo organizado pelo Conselho Nacional dos Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas) e Ministério Público estadual, com o apoio da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), para discutir a situação das pessoas em situação de rua a partir de novembro. O tema foi debatido no Fórum de Cidadania e Direitos Humanos da associação, realizado nesta quarta-feira, 11. “Essa pesquisa será crucial para compreender que número tem essa nossa população, onde ela está mais concentrada e o que se pode avançar na política pública voltada para as pessoas em situação de rua”, disse Milena Mohr, coordenadora do Fórum de Cidadania e Direitos Humanos, reforçando que um evento em novembro vai dar a largada ao estudo, e servirá como uma plataforma para discutir a situação dos moradores de rua de forma ampla, incorporando o tema do trabalho infantil na pauta. “A busca por soluções que permitam que essas pessoas não permaneçam nas ruas é uma prioridade, com ênfase no respeito aos direitos básicos, como saúde, educação, assistência social e moradia”, diz Milena. A conclusão da pesquisa está prevista para março de 2024 pois envolve os 497 municípios, e os resultados servirão de orientar para futuras políticas públicas voltadas para essa população. O encontro serviu ainda para debater o programa de erradicação do trabalho infantil, apresentado pela FASC de Porto Alegre. Para Milena, a necessidade de uma abordagem regionalizada para enfrentar esse desafio foi ressaltada durante o Forum, com um foco especial nos municípios vizinhos que permitem a circulação de crianças pelas ruas de Porto Alegre em busca de oportunidades. “Compreender a magnitude do desafio ligado a população em situação de rua é o primeiro passo para desenvolver soluções eficazes. A pesquisa que estamos realizando representa um compromisso significativo em nossa busca por soluções para aqueles que mais precisam.”, disse Leonardo Pascoal, presidente da Granpal.
Granpal cria Fórum de Cidadania e Direitos Humanos com foco em atendimento à população em situação de rua

Discutir o Cofinanciamento do Sistema Único de Assistência Social e conhecer a realidade da região para elaboração de políticas públicas voltadas ao atendimento das pessoas em situação de rua são pautas a ser debatidas no recém-formado Fórum de Cidadania e Direitos Humanos da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), que realizou a primeira reunião nesta terça-feira, 8, no Instituto Caldeira. Líderes e representantes de 20 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre reafirmaram o compromisso de priorizar recursos e esforços para lidar com a crescente questão da população em situação de rua. A reunião definiu como coordenadora a secretária Milena Mohr, do Trabalho e Desenvolvimento Social de Santo Antônio da Patrulha, e que marcou o início de uma colaboração abrangente para abordar os desafios sociais complexos que afetam as comunidades. “Nós temos pautas muito pertinentes a todos os municípios e que impactam os municípios menores. Essa discussão leva os anseios de cada um dos gestores que fazem parte deste fórum para um debate maior com o Governo do Estado e ao Governo Federal de forma mais consistente e com uma força maior, em busca de recursos e de serviços de qualidade para o nosso cidadão”, diz Milena. Para o presidente da Granpal, Leonardo Pascoal, o fórum será um espaço onde alternativas necessárias à política de assistência à população em situação de rua faça parte contínua dos encontros. “Uma pauta muito importante que vem sendo discutida já em nível nacional é a situação dos moradores de rua, um tema sensível e que precisa estar no horizonte do gestor público”, enfatizou.