Ao final da reunião entre prefeitos da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) e a Arita Bergmann, secretária estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira, 23, quatro pontos ficaram aprovados, sendo um deles a liberação de recursos para a área de saúde. Tão logo terminou o encontro, o governo do Estado divulgou que vai solicitar ao governo federal o repasse de R$ 26,1 milhões para a abertura por três meses de 405 leitos para pacientes adultos com síndrome respiratória aguda grave (Srag) ou necessitando de suporte ventilatório pulmonar (SVP). Os leitos reforçariam o atendimento durante o inverno, evitando a sobrecarga nos serviços de emergência, com filas de espera e elevado risco à população.
Ao final do encontro, a secretária Arita comentou que foram tratados pontos relevantes tais como encaminhar para o Governo Federal o pedido de cumprimento de legislação de reajuste da tabela SUS, assim como a edição de portaria para incentivo à abertura de leitos para enfrentar o período de inverno no Rio Grande do Sul. Além disso, haverá um esforço para que a população procure unidades de saúde para a vacinação, diminuindo assim a internação por crises respiratórias.
A secretária de Saúde disse ainda que está sendo formalizado um acordo entre governo do Estado e o Ministério Público, onde serão disponibilizados recursos que hoje estão dentro da cobertura para o IPE e inativos para os hospitais. “Na próxima semana, vamos apresentar uma proposta de incremento de recursos do Tesouro do Estado para abertura de leitos em hospitais públicos e filantrópicos visando a abertura de novos leitos”, comentou Arita.
Para o prefeito da cidade de Taquari e Presidente da Associação Granpal, André Brito, as prefeituras hoje investem muito em saúde pública, porém no momento os municípios não têm mais de onde tirar recursos. “Não podemos de nenhuma forma ver ameaçado os recursos atualmente destinados pelo Programa Assistir”, diz.
Segundo ele, o encontro serviu para debater alternativas para viabilizar o financiamento do custo da saúde, que aumenta cada vez mais, além do aumento da demanda por saúde pública. “Todos os segmentos estão estrangulados, investindo o dobro do que se investia”, diz.